Blue Eyes IV

20 março 2006











SIMPLICIDADE
lisieux

Queria um amor cotidiano
mas que não fosse igual, a cada dia,
amor cheinho de idiossincrasias,
de carícias e gemidos,
.............................dor e êxtase...

Queria um amor com muitos cheiros:
de café fresco e de feijão queimado,
de meias sujas e lençóis lavados,
desodorante e água de colônia...

Queria um amor índigo blues,
daqueles que se usa a toda hora,
segunda pele que nunca se tira,
quentinho e confortável como quê...

Queria um amor drops de menta
ao mesmo tempo tão ardente e fresco
e que nos causa doce sensação...

Amor sem hora e sem itinerário
mas que trouxesse preso,
- voluntário -
em fortes laços o meu
............................coração.

BH - 10.03.060
5h45m

14 março 2006


















UM BRINDE À POESIA
(14 de março - Dia Nacional
da Poesia)
lisieux

Poesia tem um dia?
Ora, ora, quem diria!
Porque, pra mim, poesia,
é feita no dia-a-dia
e não tem dia marcado.

Não diz certo, nem errado:
fala de dor ou pecado,
de amor, de ódio, esperança...

A poesia é criança,
sempre a ponto de nascer.
Não tem dia, hora, idade,
ou data pra se fazer...

Poesia apenas brota,
em dia ou hora qualquer...

Poesia apenas É.

BH - 14.03.06

12 março 2006













GAIA
lisieux

Dia e noite gira
e nunca se aquieta,
- sobre si mesma,
ou ao redor do sol -

e nós giramos, dança de poeta,
sob suaves acordes em bemol.

Gaia, mulher, menina,
vital sopro,
natureza, eterna,

terna,
......terra...

BH - 10.03.06
(participação no Varal de Poesias número 12/2006 do Lun'as)
Vejam o exercício completo aqui: http://www.lunaeamigos.com.br/varal/varal12ano5.htm

10 março 2006
















POETAS
lisieux

Poetas sempre renascem meninos.
Por mais que o tempo passe,
que as rugas sulquem o rosto,
e que os cabelos branquejem...

Sempre renascem meninos,
por mais que os amores terminem
que a saudade machuque
e que seja amargo o pranto.

Poetas sempre renascem
e sempre têm olhos de espanto,
diante de um novo dia...
de novas luzes
de novas..........possibilidades.

BH - 12.01.06

04 março 2006





















INTRUSO
lisieux

Cada verso meu tem:
uma voz
um timbre
um olhar
um passo
um gesto
uma atitude...

e fere a toda hora
a quietude
da minha alma
feminina.

BH – 04.03.06